A inspiração nos anos 1950 dá a largada na linha cronológica das décadas que alimentam a estação. Como já indicado em outras seleções aqui da UseFashion, saias godês rodadas, laçarotes e demais adornos resgatam toda a feminilidade da época que teve Dior como referência máxima, devolvendo à mulher o gosto pela moda no pós-guerra. Um dos temas favoritos dos editoriais de moda, os looks, e seus devidos adereços, estão indicados na Elle Canadá e na Elle Americana.
Elle Canadá / agosto 2010 | Elle USA / agosto 2010 | Vogue Alemanha / setembro 2010
Nas coleções inverno 2011, a italiana Prada acertou em cheio, com coleção francamente retrô que, neste momento, ganha cenário no lookbook da marca.
Lookbook - Prada / Inverno 2011
Louis Vuitton e Prada são marcas assíduas nos editoriais, ao lado de criações com a mesma inspiração.
Vogue Rússia/ Setembro 2010 | Vogue Espanha/ Setembro 2010 | Vogue América/ Julho 2010
O corte godê para saias representa um dos principais elementos nesse contexto. Aqui a figura de época e suas releituras nas páginas da Vogue Alemanha e Itália.
Revista Beyers Mode - Edição portuguesa / abril 1956 | Vogue Alemanha / setembro 2010 | Vogue Italia / julho 2010
Entretanto, existem opções de corte reto e volume concentrado na parte superior. Em menor quantidade, mas de acordo com o traje da década.
Revista Beyers Mode - Edição portuguesa / abril 1956 | Vogue América / julho 2010
Nos acessórios, a bolsa estruturada é item indispensável, marcando o retorno da Kelly Bag. Este modelo foi criado por Hermès, especialmente para Grace Kelly. Ela, então princesa de Mônaco, alimentou o imaginário da geração dela e de outras.
Elle USA / agosto 2010 | Grace Kelly | Desfiles - Hermès - Paris/ Inverno 2011
Nas vitrines do inverno 2011 já é possível ver a tradução desse estilo para a moda de massa, em lojas como Miss Selfridge e H&M. Note o direcionamento para o público jovem, com laços, babados e peças que mais lembram o guarda-roupa da juventude de mamães e vovós.
Vitrines - Miss Selfridge - Londres | Vitrines - H&M - Florença
Da Londres dos anos de 1960 são as cores vibrantes e os shapes sequinhos que retornam para lembrar a vibração e o agito da década, na qual o principal expoente foi a cultura jovem. As bolsas permanecem estruturadas e a coleção Miu Miu é ícone da temporada, juntamente com marcas como Rochas e Gilles.
Elle USA / agosto 2010 | Strickmode – Alemanha/ julho 1967 | Vogue Rússia/ agosto 2010
Outro visual da época é o das Chelsea Girls. Nome primeiramente usado no filme de 1966 de Andy Warhol e no ano seguinte no titulo do álbum de estreia da carreira solo da musa Nico. Aqui, diminui a presença dos vestidos retos e entram as calças e blusas ajustadas.
Revista Neue Mode – Alemanha/ 1967 | Campanha - Kocca/ Inverno 2011 | Campanha - Chanel/ Inverno 2011
Laçarotes e minissaia na vitrine da Miu Miu, enquanto Bottega Veneta mostra o lado minimal dos vestidos, e a Printemps chega com acidez das cores e estampa de fractais.
Vitrines - Printemps - Paris | Vitrines - Bottega Veneta - Paris | Vitrines – Miu Miu - Los Angeles
A leitura do visual setentista de inverno (os anos 1970 são indicados também para o verão seguinte, 2011/12) pende para a cartela dos terrosos em couros atanados e tecidos que vão da encorpada lã feltrada a suavidade e molejo das sedas.
Elle USA / agosto 2010 | Vogue Rússia / agosto 2010 | Visual de loja - Mango - Munique
O estilo é depurado e elegante, muitas vezes importando a alfaiataria do guarda-roupa masculino, em sintonia direta com o que Yves Saint Laurent fez na época.
Vogue Rússia / agosto 2010 | Vitrines – Massimo Duti - Munique
Comprimentos longos e grandes vestidos adaptados ao clima invernal fazem da releitura dos 1970 um campo aberto a adaptações para as temperaturas brasileiras, e dão o pontapé inicial no que será visto durante o verão 2011/12.
Vogue Rússia / setembro 2010 | Vogue Rússia / setembro 2010 | Vitrines – D&G - Londres
Fotos: © Agência Fotosite, UseFashion, Divulgação e Reprodução.
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